data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Daiane Velasquez acompanha o filho, Ricardo, nas atividades
Hoje é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007. Conforme a diretora da clínica Mundo Novo, a educadora especial e psicopedagoga Cristiane Kubaski, o Transtorno do Espectro de Autismo (TEA), trata-se de um transtorno de neurodesenvolvimento que causa prejuízo na comunicação, interação e comportamento:
- Algumas das características do autismo são a dificuldade em brincar, compartilhar e interagir.
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A professora Daiane Velasquez, 40 anos, descobriu que o filho Ricardo, 8, era autista quando ele tinha dois anos e meio de idade. No entanto, o diagnóstico foi confirmado quando ele já tinha 4. Hoje, ele é acompanhado por psicólogo, fonoaudiólogo e por um educador especial:
- Ele não falava, fazia poucos sons, não olhava no olho e não compreendia o significado das palavras e dos gestos. Se dizíamos que, na geladeira, tinha um suco. Ele não entendia, mas, quando queria, sinalizava. Depois, escrevia, mas não falava.
COMPORTAMENTO
Segundo Cristiane, o autismo não é uma doença. Ele pode ser percebido por atitudes comportamentais e não por características físicas, como a Síndrome de Down. Em função disso, uma das campanhas do Mundo Novo se chama "O autismo não tem cara".
- É preciso ser ao comportamento da criança, visto que o diagnóstico precoce ajuda muito no acompanhamento - diz ela.
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A psicopedagoga acrescenta que o autista precisa ser avaliado por educadores especiais, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, psiquiatras e neurologistas, ou seja, por profissionais que podem dar o diagnóstico e medicação adequados.
Ricardo está no 3º ano do Ensino Fundamental na Escola Medianeira. Quando as aulas ainda eram presenciais, uma monitora o acompanhava.
- Ele realiza todas as atividades dentro das próprias limitações - garante Daiane.
ALGUNS SINAIS
- Baixo contato visual
- Ausência de atenção compartilhada
- Poucas expressões faciais
- Ser muito agitado ou passivo demais
- Não balbuciar
- Pouco engajamento sociocomunicativo
- Preferência por objetos em vez da interação com pessoas
- Não apontar
- Não responder quando chamado pelo nome (parecer surdo)
- Apresentar movimentos repetitivos
- Não utilizar gestos convencionais (dar tchau, jogar beijinho)
- Ausência de brincadeiras funcionais
- Não seguir comandos simples
- Ausência de palavras com significados
*Colaborou Gabriel Marques